terça-feira, setembro 02, 2008

Call of Duty 4: Modern Warfare

Depois da desilusão que foi Call of Duty 3 (feito pela Treyarch), a Infinity Ward regressou e em boa altura o fez. Começou por abandonar o tradicional e já muito explorado tema da 2ªGuerra Mundial, decidindo por abordar as guerras dos tempos modernos. Ambas as decisões não poderiam ter sido mais acertadas.

O jogo começa com uma espécie de tutorial de acções básicas a ter em conta no meio de um campo de batalha, como correr, disparar e destruir melancias (i'm not kidding). Esta espécie de tutorial acaba com um teste das nossas capacidades de forma a determinar em que nível deveremos escolher para o singleplayer.

Inicialmente, estamos na pele do Sargento "Soap" MacTavish dos SAS britânicos e antes de realizar o teste conhecemos o Capitão Price, (um tipo com um sotaque escocês e com um bigode de fazer inveja ao Rei do Bigode) e Gaz. Estes serão os nossos camaradas no lado dos SAS...

A primeira missão disputa-se em alto mar e é uma espécie de introdução ao modo single-player, tudo muito calmo e bastante acessível e depois do nada a missão acaba numa corrida contra o tempo para escapar o barco que de repente decidiu imitar o Titanic.

A partir daqui o jogo desenvolve-se duma forma frenética, com direito a uma cutscene aonde nos é dado a conhecer o "malvado" do Khaled Al-Asad, líder dos terroristas, que para tomar conta de um país no médio-oriente, assassina o presidente desse país, um tal de Yasir Al-Fulani. A história não vai ficar por aqui, mas para quem ainda não jogou é melhor ficar por aqui...

Khalid Al-Asad e os seus óculos Ray-Ban

O nosso inimigo está determinado, agora o objectivo é claro: captura-lo "Dead or Alive". Mas nem tudo é assim tão linear, pois o jogo implementa uma funcionalidade fabulosa, quando de repente nos vemos no papel do Paul Jackson dos US Marines. Isto não acontece porque o "Soap" morre, mas apenas porque os norte-americanos também estão envolvidos na guerra (Shocking!) São 2 histórias interligadas em tempo real e que flui duma forma bastante natural.

Não existe alturas em que dizemos "Bolas, eu quero é jogar nos US Marines!", nada disso, a única coisa que passa pela cabeça é saber qual será a próxima missão para além de umas quantas "balas virtuais"...

Este COD4 ainda consegue algo complicado neste tipo de jogos, que é evitar a repetibilidade das missões. Ao contrário de outros jogos do género, neste os objectivos não são sempre o mesmo e principalmente as missões são totalmente diferentes umas das outras... às vezes isso até é um defeito como é o caso da missão em que estamos num bombardeiro a disparar sobre forças inimigas de forma a que nos SAS britânicos consigam chegar ao outro lado da vila. Infelizmente, essa missão só acontece 1 vez no jogo tal como a mítica missão à "Recordar é viver".

Alguém me pode dizer como chego ao Carnaval de Loulé?

Graficamente o jogo também está num nível elevado apesar de não ser dos melhores jogos nesse aspecto. No entanto, ninguém se pode queixar disso pois no meio de tantas balas no ar, ninguém vai andar a olhar para as paredes para ver se as texturas são boas ou não.

Em relação ao som do jogo, este muito dificilmente poderia estar melhor. O som das balas é espantoso, os diálogos idem, principalmente o das personagens árabes e russas (porque será?), cumprindo o objectivo que nos fazer crer que estamos mesmo no meio do campo de batalha.

O único grande defeito deste jogo é mesmo o facto de ser curto de mais. O modo singleplayer é facilmente concluido entre as 6-8 horas, isto conseguido por um nabo em FPS como eu, ainda assim prefiro mil vezes um jogo como este que é curto e intenso do que outros que são longos e monótonos.

Esse defeito fica para 2ºplano quando se adiciona o multiplayer à equação. Apesar do modo singleplayer ser bastante bom, o multiplayer ainda consegue ser melhor! Começamos no rank 1 e com armas simples e direito a 3 perks, que podem ir desde colocar uma mira, maior resistência contra tiros do inimigo, maior capacidade de penetração das nossas balas ou a frustrante/hilariante Martydrom, em que sempre que morremos largamos a granada e quem passar a seguir leva com ela nas trombas. É frustrante porque morremos várias vezes devido a isso (principalmente nos primeiros tempos no multiplayer) e hilariante quando são os outros a morrer. À medida que vamos subindo de "rank" vamos tendo acesso a mais armas e mais perks.

A época da caça está oficialmente aberta!

Existem imensas opções de jogo, como os típicos Team Deathmatch ou Free for All, outras vão se desbloqueando à medida em que vamos subindo de "rank", como Search and Destroy, Hardcore Team Deathmatch ou Sabotage. Existem opções para todos os gostos e essa é uma das coisas que faz com que o multiplayer do COD4 seja muito provavelmente o melhor multiplayer nas consolas da actualidade.

Concluindo, este COD4 é um "must have" para todos os jogadores que tenham a sua consola ligada à internet e tenham disponibilidade para dar uns tirinhos online. Para quem não tem internet, não irá certamente aproveitar grande parte do jogo, até porque o modo singleplayer é muito curto, mas mesmo assim é obrigatório para qualquer amante de FPS quer tenha internet ou não.

Nota Final: 18.5 (0 a 20)

NOTA: Depois de uma crítica em relação à nota dada ao GTA IV, decidi alterar a escala para 0 a 20. Isto deve-se ao facto que na minha opinião, a classificação deve ser dada entre 0 a 10 e não de 5 a 10. Com a escala entre a 0 a 20, talvez seja mais fácil de entender pois é uma escala que todos estão bem familirizados. Vá agora digam lá se um 16 é uma péssima nota...

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