domingo, março 21, 2010

Violador transferido após agressão de neonazi

Henrique Sotero terá sido agredido pelo nacionalista Mário Machado, mas quando interrogado pelos guardas garantiu não ter reconhecido o seu agressor. Já foi transferido.

O engenheiro de 30 anos, que ficou conhecido como o violador de Telheiras, foi na sexta-feira transferido para o Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) depois de ter sido agredido com um murro na cadeia anexa à Polícia Judiciária (PJ). Suspeita-se que o agressor seja o nacionalista Mário Machado, mas o violador garante que não conseguiu identificá-lo.

"Ele já foi ouvido sobre essa matéria e transferido para o EPL por questões de segurança", confirmou ao DN Pereira da Silva, advogado de Henrique Sotero. O advogado desconhece as circunstâncias da agressão, mas confirma que o seu cliente foi "agredido com um murro" por um recluso da cadeia anexa à PJ.

O jornal Expresso publicava ontem que o agressor seria Mário Machado, mas que confrontado com os factos Henrique Sotero garantiu não o ter reconhecido.

Contactado pelo DN, o advogado de Mário Machado - que começa a ser julgado quinta-feira em Loures por crimes como sequestro e agressão - duvida. "O Mário tem tido um comportamento exemplar na cadeia e é seguido permanentemente por um guarda prisional", refere. "Não posso confirmar que o tenha feito, mas duvido, dadas as circunstâncias em que se encontra vigiado", acrescenta.

O advogado de Henrique Sotero também não adianta quem terá sido, até porque ainda não foi formalmente informado da agressão que terá decorrido no final desta semana.

Pereira da Silva afirmou ao DN que foi esta semana visitar Henrique Sotero à cadeia anexa à PJ. O violador de Telheiras recebeu ainda a visita do psiquiatra António José Albuquerque, a quem recorreu há cerca de seis meses para receber tratamento.

"Eu defendo-o precisamente por isso. Porque ele tem consciência dos actos que cometeu e porque quer ser tratado", diz o causídico. Por isso, afasta completamente a tese de que deverá pedir a inimputabilidade do arguido para que ele seja internado e tratado. "Isso é ridículo. Ele reconhece que tem um problema e tem perfeita consciência da sua compulsão."

O advogado garante que tanto ele como o psiquiatra estão "solidários com as vítimas" e sublinha que "quanto muito esta patologia poderá servir para uma imputabilidade reduzida", explica.

Caso fosse considerado inimputável, o arguido que confessou ter violado 40 mulheres - embora só deva ser acusado por dez violações, que apresentaram queixa - seria internado pelo período correspondente à pena, mas com a possibilidade de sair em liberdade mal demonstrasse estar tratado. Com a imputabilidade reduzida, Henrique Sotero poderá beneficiar de uma atenuação da pena.


Será que se esta besta tivesse violado a filha do advogado, este diria estas frases?

Agora a desculpa são "compulsões", neste caso foram "compulsões" apenas às Terças-Feiras. Nunca tinha ouvido falar em tamanho fenómeno. A vergonha neste país não tem limites.

1 comentário:

Anónimo disse...

Depois de tanto tempo resolveu escrever?